quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Futebol ao contrário...

Sábado recebemos no Complexo da Ribeira Grande o Maia  para a 3ª jornada da 2ª fase.

Frente a uma equipa mais organizada e com vontade de jogar, voltamos a apresentar um jogo morno em que acabamos mais por defender do que atacar e foi mesmo contra-corrente que inauguramos o marcador por Rodrigo Lima, resultado com que chegamos ao intervalo. O Maia tentava jogar num jogo comprido que ia sendo bem anulado pela defesa e pelo "último homem" rápido nas saídas.

Na segunda parte as coisas pareciam continuar iguais com a nossa equipa a entrar sem alterações nos seus elementos e na sua forma de jogar, e foi um elemento externo ás duas equipas, o árbitro, que resolveu espicaçar o jogo ao dar um cartão vermelho directo a um jogador do Maia.

Se julgavamos que esta seria a oportunidade de o Santa Clara cair em cima do adversário e arrumar o jogo, assistimos precisamente ao contrário ao ver uma equipa em inferioridade numérica a movimentar-se mais, a mostrar mais frescura fisica e a concretizar dois excelentes golos que fizeram o resultado inverter-se em poucos minutos. E não fora uma ou duas intervenções do nosso guarda-redes e o resultado poderia ter ficado fora de controlo, tal era a passividade da nossa equipa.

A perder 1-2 o mister fez entrar todo o banco disponivel em "desespero de causa" acabando por serem os jogadores com menos minutos a reequilibrar o meio campo, trocar a bola e a repor a vantagem por 3-2, em duas jogadas pelo lado esquerdo com o triângulo Lupas, Filipe Pereira e Tiago a central, a concretizar.
Até ao fim o guardião Bruno aínda viu uma bola sair por cima da baliza a rasar a trave.

Positivo neste jogo foi o jogo do Maia que apresentou uma equipa organizada e com vontade de ganhar mostrando grande garra mesmo em inferioridade numérica. Mereciam mais do que uma derrota. Positivo também foram os últimos 10 minutos do Santa Clara em que foram os jogadores menos rodados que resolveram o jogo ao apoiarem-se mais rodando a bola entre si e finalmente explorando a inferioridade do adversário.

Negativo continua a ser o nosso jogo com os atletas demasiado "amarrados" pelo medo de falhar, assumindo pouco as acções do jogo, dando demasiado espaço ao adversário e trocando pouco a bola na construção de ataque. O "medo" acaba por transparecer num jogo pouco alegre, muito lento e onde se defende mais do que o que se ataca. Quem assiste aos treinos sabe que estes miúdos sabem fazer muito melhor, falta-lhes dar confiança para que eles possam falhar...
Por fim a arbitragem pareceu demasiado rigorosa mas pouco pedagógica para este escalão, mal que parece não ter cura, mesmo com reciclagens da Federação...

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